segunda-feira, 10 de maio de 2010

Descoberta Chocante (tem a ver com o Shigusi)

Estavam os nossos 3 amigos a petiscar um pires de caracóis com natas no café da esquina quando no noticiário das 15:40 surge a notícia:

Notícia de última hora: uma casa foi reduzida a escombros em questão de segundos. O incidente ocorreu a nordeste da avenida das flores...

- Das flores? - pergunta O Gajo intrigado.

- Isso não para os lados da casa do nosso adorado meste Shigusi?

- Não era isso que estava a pensar, ia antes dizer que o nome da avenida é um bocado apaneleirado, mas tens razão!

...não tendo sido encontrado ninguém no local...com vida! A polícia já está a tomar conta da ocorrência, tendo já contactado os locais, que horrorizados e com medo de represálias não querem prestar declarações. Deixo-vos agora com o meu colega Aroga, com as últimas do Bissaya Open de Kneeplasmaball...

- Já sabem o que isto significa...uma casa foi vandalizada!

- Vamos lá ver o que se passa, podem haver gajas boas para testar o meu novo opener.

(...)

- A vila Shigusi...por terra...

- Não acredito, o que terá sido feito da sua Shigusa, a sua pantera de estimação?

- Julgo que já não estará entre nós...neste momento.

Rökiloy num gesto de desespero emotivo ergue o punho em direcção ao céu, como uma pomba, e grita:

- PATIFEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEES!

Nisto, o Narrador encontra no meio das cinzas uma carta forte, parecendo indestrutível no meio da destruição, simplesmente com o nome 'Shigusi', escrita, claramente, com sangue de tigre albino.

Crianças, hihihi, daqui Xiguzi, o vosso mestre
.
Sabem uma coisa?
Não digo, para queriar entriga.
Espera, é melhor dizer, porque senão os bebés ficam tristes.
Ok, aqui vai a verdade.
Na verdade não sou o Xiguzi que pensam que sou, sou o Zé Nélo, reformado com muito tempo livre e com orgulho.
Vi alguns filmes do Vruce Li, desculpem-me, desculpem tudo.
Não me procurem, porque eu já não existo neste mundo.
Não conto como tudo aconteceu porque me está a acabar o sangue de tigre, e a Xiguza está a berrar com fome.
Só vou ficar triste por nunca ter comido coninha.
Até um dia, gente da minha terra.

- EU NÃO TENHO UM MESTRE! - Grita Rökiloy de novo para o céu, desta vez erguendo apenas o ombro.

O Gajo, enquanto coloca os óculos de sol, exclama:

- Isto é caso para dizer que a culpa...morreu solteira.

- Só há uma coisa a fazer, provar o nosso valor. Temos de derrotar um vilão.

- O monstro das bolachas?

- Não, Krantz - diz o Narrador com voz de bagaço, enquanto esmaga uma lata de cola na testa - AAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH A FÚRIA!

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Conto Do Gajo: Revelações

- Folheia essa merda toda, Ronson. Tenho alguém especialmente importante para apanhar.

- Ok Peng, deixa comigo. Apressa-te para o alvo.

Com um pulo ensurdecedor Peng deixa a cena, deixando Ronson responsável pela destruição da casa do grande mestre Shigusi.

- 1, 2 CHUVA DE FOLHAS HO-RI-ZON-TALLLLL!

Num pranto loucamente energético materializaram-se das mãos do Ronson folhas de papel cortadas em milhentos pedaços, que disparadas a uma velocidade estupidamente apaixonante metralharam a Vivenda Shigusi.

- Não subestimem o poder dos cortes de papel! Agora, é hora de ajudar o Peng na sua grande batalha.

Não muito longe dali estava Shigusi a curtir o seu pão com panado, quando a sua mesa voou na direcção de uma montra, cujo vidro já estava partido.

- Caralho, mas que merda vem a ser esta?

- Tiveste sorte, Shigusi, a mesa estava à tua frente.

- Indivíduo estranho, estás então a dizer-me que eu era o alvo desse ataque?

- Sim, não parece óbvio?

- Sendo assim tenho a dizer que tens uma pontaria má como a merda do Brie que como todas as manhãs. E já agora, como sabes o meu nome?

- Como ousas insultar-me, cão louco?

- Ainda não me respondeste, estranho indivíduo caricato.

- Digamos que és considerado uma referência do local de onde venho.

- Com essas cicatrizes posso afirmar que estiveste enclausurado dentro das prisões de lava durante vários anos. O meu nome chegou até aí?

- Não estive em prisão nenhuma, idiota. Estas cicatrizes...foram provocadas durante o meu treino. Mas quem as originou já não está presente para contar a história.

- Treino? De futebol?

- Poupa-me a tua parvoíce engraçada que quase me fez rir. Desta vez não falharei o meu alvo.

- Dá o teu melhor, não esperarei nada menos que isso.

Peng chutou o ar na direcção de Shigusi e o grande mestre foi projectado contra uma parede, deixando um dano considerável no betão.

- Estou a ver que não precisas de uma distância curta para me conseguir atingir.

- Não és tão ignorante quanto pareces. Sim, eu empurro o ar quando o atinjo, forçando-o a ir na direcção que eu quero. Agora, prepara-te para seres cortado ao meio, tipo frango.

- ATAQUE DA KATANA DO VENTO!

Peng sacou de uma faca de barrar manteiga como se esta fosse apenas um prolongamento do seu membro superior, dançando-a pelo ar, disferindo por fim um poderoso corte vertical na atmosfera à sua frente.

- ROLAR DO BAILARINO!

Graciosamente num movimento de ballet lateral, Shigusi esquivou-se à estrondosa massa de ar que vinha na sua direcção, a qual esbarrou na parede em que este estava há centésimos de segundo, deixando nela um corte com vários metros de profundidade.

- Não terás nova chance de ataque, DANÇA DO BAILARINO ALEGRE!

- PIANO INVISÍVEL!

Inúmeras massas de ar vindas dos dedos rápidos do Peng atiraram-se na direcção do mestre, reduzindo a escombros tudo aquilo em que tocavam, tipo tiros lazer, yah?
O Shigusi ainda se conseguiu esquivar a vários dos ataques, mas eventualmente foi atingido por 23 destes, caindo por terra, semi-MORTO!

- Os teus dias de danças pouco hetero acabaram, Shigusi.

- Perdi alguma coisa?

- Chegaste mesmo a tempo de ver o seu último arfar. Decepa-o.

- ATAQUE DA FOLHA A3!

E com a cabeça separada do resto do corpo, o olhar de Shigusi desaparece, bem como a sua presença.

- Vamos então tratar da papelada, ainda há muito para fazer.

- Estou contigo, vamos.